Se te encontrasse, agora, na paisagemnocturna dos fantasmas da cidade,contava-te dos nossos pobres versosno teu rasto de sombra e claridadeContava-te do frio que há em medira distância entre as mãos e as estrelas,com lágrimas de pedra nos sapatose um cansaço impossível de escondê-lasContava-te – sei lá! – desta rotinade embalarmos a morte nas paredes,de tecermos o destino nas valetasDe uma história de luas e de esquinas,com retratos e flores da madrugadaa boiarem na água das sarjetas.Dinis Machado
eu acreditei até ao fim que ia voltar.mas não voltou
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Se te encontrasse, agora, na paisagem
nocturna dos fantasmas da cidade,
contava-te dos nossos pobres versos
no teu rasto de sombra e claridade
Contava-te do frio que há em medir
a distância entre as mãos e as estrelas,
com lágrimas de pedra nos sapatos
e um cansaço impossível de escondê-las
Contava-te – sei lá! – desta rotina
de embalarmos a morte nas paredes,
de tecermos o destino nas valetas
De uma história de luas e de esquinas,
com retratos e flores da madrugada
a boiarem na água das sarjetas.
Dinis Machado
eu acreditei até ao fim que ia voltar.
mas não voltou
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