que a terra me engula a alma
que as larvas me devorem esta carcaça
que as pessoas me peguem fogo ao jazigo
que esta rosa não venha comigo
que o mundo te leve com ele
que o vento te faça pular
que as pessoas te deixem sair
não te ponham redoma de vidro
não és de ninguém e eu sou de toda a gente
jogas com o vento e eu tenho o pente
mas teus cabelos, tão eriçados
denunciam o toque alheio. mãos gatunas.
parto o pente a meio. preciso de correr e as pernas fraquejam.
és detentora da minha força, do meu jeito de correr desconchavado.
quero perder com a sorte, ser levado pela morte e deixar-te cá ficar.
quero fazê-lo por amor, tu és tão maior e eu sem pernas para andar.
1 comentário:
estás aí estás aí estás aí estás aí
(olha, estás aqui aqui aqui aqui)
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