12/10/2009

a insustentável leveza do ser - Milan Kundera

"Tomas pensava consigo próprio que ir para a cama com uma mulher e dormir com ela são duas paixões não só diferentes como quase contraditórias. O amor não se manifesta através do desejo de fazer amor (desejo que se aplica a um número incontável de mulheres), mas através do desejo de partilhar o sono (desejo que só se sente por uma única mulher)."

tenho de concordar com Tomas, já que sexo e sono são diferentes. são duas realidades diferentes, unidas por uma cama, com propósitos e profundidades diferentes.
o sono é mais intrusivo, mais obsceno até que uma noite de sexo. intrusivo e obsceno, na medida em que, a nossa intimidade é desmascarada. já toda a gente sabe que eu tenho uma pila e tenho pelos no cú, sou homem, logo não seria de esperar outra coisa, mas ninguém sabe se eu ressono, se me babo, se enrosco os pés um no outro antes de adormecer, se sou frágil, se gemo, se choro enquanto durmo.
partilhar uma cama é um acto fácil.. Não sair dela é amor...

2 comentários:

D. disse...

ahah, podes ser home e não ter pêlos no rabo xD

Cristiana Felgueiras disse...

Nunca tinha pensado nisso nesses termos, mas parece-me fazer sentido.