24/04/2010

um dia

o mel corre-me nas veias. e tu sabes disso.
tu sabes que o mel me corre nas veias e no fundo também te corre a ti.
o mel, composição química igual.

vou a varanda ver se tomo o cheiro.

ainda te sinto o cheiro. confuso. entre todos os cheiros de uma cidade de milhões de corpos.
dobro todas as esquinas, sempre na esperança de te encontrar: "bom dia"!

o mel não vai acabar. eu sei que não vai acabar.
és afago do meu corpo e eu sou teu sobretudo sendo ao mesmo tempo a palma das tuas doces, pequenas mãos.
sou eu que tenho ouvidos felizes em ouvir tua voz calma e tua eloquência.
"dás-me prazer, meu amor."

és tu que me acalmas o peito quando chove lá fora. és o meu lar de canecas de chá de menta e uma lareira a rosar-te a cara.



és tu que vais ser tudo e eu morrerei por ti.

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