venham as úlceras. venham as putas das úlceras que eu já estou farto de coçar o estômago.
dói-me o estômago e quero vomitar tudo o que cá está plantado nesta carcaça esgravatada pelos pobres de espírito.
"és bom demais".
"ninguém merecer ser não sendo" e ninguém merece estar não sendo tal como eu o fui e sou!
parece que sempre o sou e sempre o serei,
poeta parido para lamber o chão que pisas.
morro por ti. morrerei por ti. já morri.
só me restam as úlceras e uma amizade mórbida e outra que já no céu está!
falta-me o colo e os afagos que me acalmam as putas das, outrora doces úlceras. outrora, doces úlceras! outrora, doces úlceras! outrora, não eram úlceras...
quem semeia amor, colhe tempestade e eu já devia saber isso.
Poeta ingénuo, crente em "amoràmodaantiga".
morro de desgosto a cada passo que tento dar.
sou carrasco do destino, se é que ele existe.
dói.me o corpo e a febre já me diz olá.
chamo os Deuses. não me ouvem.
poeta desabençoado pela névoa de uma flor.
afinal era rosa. e com rosa não se brinca
não vá ela soltar os espinhos.
doença esta que me esventra o corpo.
putas das úlceras. amor?
quero que o mar evapore e chova durante mil enterros.
quero verter mil nuvens e perder mil corpos
quero esventrar mil sonhos e perder outros tantos
quero o zero e o um, quero o 3 e o 8. e porque não o 18?
quero escrever sem sentido. quero o mundo para mim.
quero a cabeça a prémio e quero o corpo vendido.
já foi!
quero a alma branca, nua e sem sol
quero a bruma se apodere do dia e
a noite não se vá embora
quero ter prazer em estradas largas com cheiro a sangue.
quero o mar revolto a entrar-me em casa
quero o vento a partir-te as janelas e cegar-te o peito.
quero que morra um sonho!
quero mandar-vos foder com gosto!
quero um sorriso parvo na minha cara enquanto o faço!
quero que me chamem louco.
quero ser despedido do mundo!
quero que me pontapeiem(?) de vez!
eu sou! e tu?
nem daqui a mil tempestades!
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