Sinto-me em fúria, fervente
de amor? de paixão? ou será do vento
que corre contra mim?
ou será do tempo que não tem fim?
Sou cavaleiro da penumbra que vos
colhe as cabeças enquanto dormem
sobre os meus braços de mel.
Mas eles também querem saber
o que faz um amor sobre o outro
na noite da véspera do dia seguinte...
Sou mero ouvinte, pedinte
que pede, não dinheiro, mas amor.
Sou amante do incerto, do inseguro
do impossível, talvez, mas sou amante
e sou o que quero ser: amante deitado
na penumbra com os olhos voltados para quarto crescente...
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