14/07/2009

20

São 20 e mais um dia, igual a tantos outros, onde eu vejo que vos falto.
Não falto agora, nem nunca faltarei mas farei falta e isso doi e doerá, e doeu.
O passado já não ha e já não é, e o presente foge a sete pés embora o futuro salte e puxe o passado ao de cima, e o presente, consecutivamente, pois.
Falta-me a força para vos gritar, vos fazer valer, vos esculpir de novo. Eu sou Homem, nem meio-Deus eles me fizeram, e esculpir-vos é o trabalho deles... A minha obra é pictórica, quiçá, alegórico-surrealista, utópica talvez seja o melhor termo.
Bem, o tempo vai-se, esgota-se e não é consumido, e com ele vão as obras pictóricas, quiçá, alegórico-surrealistas, utópicas talvez seja o melhor termo e nada nem ninguém as apanha, consome ou repara que alguma vez elas foram vivas.



uma boa noite a todos,

Fábio Ferreira

2 comentários:

D. disse...

digamos que a partir daqui as coisas parecem escapar pelos dedos. por entre os dedos, mais acertadamente. fazer vinte é uma sensação bastante assustadora, must confess.

Sofia disse...

O futuro é talvez dos tempos que mais incertezas trazem. O passado e o presente vêm sempre atrás,e quem dera a muita gente tirar-lhes as entranhas e vendê-las para nunca mais os lembrar nem tirar conclusões. As obras sejam elas de que tipo, irão ser sempre lembradas, nunca esquecidas, jamais apagadas. E eu não te sei esquecer as obras.