12/11/2008

A propósito da Crise (e do botox)

Não era bem mais fácil aumentar os salários para o poder de compra ser compatível com os preços que nos são apresentados no mercado e apartir daí lucrar (ainda que a longo prazo)?
Eu apenas vejo investimentos, inovações, computadores XPTO, e um Governo que quer entrar para a história tirando o Estado do défice em que está "entalado" no entanto, está a "entalar" cada vez mais a população portuguesa e a criar o maior fosso alguma vez já visto entre ricos e pobres.
Aumentar os salários para fazer face a crise é só a sugestão de um mero jovem de 19 anos...


Outra coisa que me intriga é o Rio de Janeiro estar a financiar botox a pessoas carenciadas com o objectivo de estudantes desta área treinarem os tratamentos. "Programa existe desde 1988 e permite aos estudantes de Medicina estética treinarem uma série de tratamentos" fontes jornal "Global"
É caricato, podiam-se oferecer casas, comida, roupa ou outra coisa útil, mas, por incrivel que pareça, oferecem-se tratamentos de beleza...Culturas diferentes! Há que respeitar...

(Já agora, e se a coisa dá para o torto? Se é mal aplicada? O Estado paga uma indeminização? Ou fica por ali?)

7 comentários:

D. disse...

normalmente, nas faculdades relacionadas com medicina e medicina dentária, de modo a que os estudantes possam adquirir competências, são facultados serviços das especialidades de borla, ou a um preço simbólico. isto em Portugal funciona tanto nas públicas como nas privadas, pelo menos em relação à medicina dentária, e permite que várias pessoas possam ter acesso a cuidados dentários que de forma não poderiam pagar. logo, traz uma vantagem para ambos.
portanto não vejo grande choque nessa medida, desde que as pessoas consintam e saibam que estão a ser atendidas por estagiários, nem sequer se coloca a questão de o Estado se responsabilizar ou não: elas sabem para o que vão!!!

Cão disse...

mas trata se de botox

D. disse...

se eles vão ser cirurgiões plásticos ou médicos nessa área, presumo que tenham de saber injectar botox.
eu seria a última pessoa do mundo a recorrer a essas coisas, mas há quem recorra e nalgum lado os médicos têm de treinar.

Anónimo disse...

hmm vi essa notícia hoje de manhã e pelo título fiquei chocada.. só li as letras "gordas" e não li o resto, o que foi errado xD!
de facto, à primeira vista fiquei incomodada e perguntei-me: mas que raio de utilidade tem isto? não haveria coisas mais importantes? (até porque não faria botox, apesar de respeitar quem o faça)
e há coisas bem mais importantes. mas o ponto de vista da Daniela é relevante..saber aplicar botox só se aprende com a prática, é a mesma coisa que a minha faculdade deixasse de comprar equipamentos para os alunos, também podiam pegar nesse dinheiro e enviar para Africa..dessa forma, também não poderia aprender a fazer determinadas coisas, porque não ia ter forma de realizar as actividades, por falta de dinheiro. o exemplo não é o melhor, mas acho que dá para fazer uma analogia :D. é egoísta sim, mas se existem verbas para o efeito, há que utilizá-las..

quanto à crise nacional, apesar de concordar contigo no ponto em que devem ser aumentados os salários, também devo dizer que não acho que seja assim tão linear.. não podes simplesmente aumentar e pimba, já está.

acho que o texto está um bocado confuso, mas olha :P

Sofia disse...

Eu também vi essa noticia do botox, e de facto só me ocorreu a imagem de pessoas todas esticadas a viver em casas sem condições e subnutridas. Mas claro, o objectivo não é oferecer botox, é simplesmente treinar. De facto, as pessoas não vão obrigadas, e como a mentalidade é sempre a do "parecer bem", o mais certo é que fiquem com papos nos olhos e maxilares deslocados e claro que ninguém se vai responsabilizar por isso.
Quanto à subida de salários, o governo aumentou os salários da função pública. Claro que a medida é injusta para os outros sectores, mas a verdade é que a função pública representa a classe média em peso, e penso que é exactamente por isso que se os salários aumentaram nesse sentido. Esperam com isso aumentar o tal poder de compra da classe média (já um pouco dissipada nesta sociedade) e combater a crise. Sinceramente, não sei se é uma medida boa e viável, mas a ver vamos.

Sara Morgado disse...

Vamos ser racionais.
Se fosse assim tão simples, era óbvio que a crise não era crise nenhuma. Aumentar salários é a coisa mais fácil, não é preciso tirar um curso e a isso se recorreu em várias alturas da História. Mas para isso é necessário que as empresas consigam oferecer produtos a preços baixos ou, pelo menos, aceitáveis para a maior parte da população (o que depende do preço das matérias primas, da economia mundial, da tecnologia, dos monopólios, do preço da mão-de-obra, etc; conjunto de factores onde é dificil estabelecer equilíbro, principalmente num país que nunca foi um dos grandes industrializados). É necessário, a par disso, que a procura responda fortemente a essa descida de preço (que depende de outros/mesmos inúmeros factores).
Nenhum governo gosta de ter o seu eleitorado sem poder de compra (até porque só tem a perder com isso) e se fosse assim tão fácil, não hesitaria em fazê-lo. E tomara o governo ter os cofres cheios para o conseguir.

D. disse...

sinceramente, acho que o sector público representa a classe mais abastada da sociedade. até porque o estado consegue ser sempre mais humano que o capital privado.